Os homens vivem em média 7 anos a menos do que as mulheres, e isso é facilmente explicável quando analisamos alguns dados. Um exemplo da falta de cuidado com a saúde masculina é encontrado em alguns exames que realizamos para o rastreio do Câncer de Próstata, onde metade dos homens nunca nem realizou um exame de PSA (coletado no exame de sangue) e 2/3 dos homens acima de 40 anos não realiza toque retal. 

Este é um problema conhecido de saúde pública, por isso no mês de novembro ouvimos tanto falar nas campanhas do novembro Azul, em que os homens são estimulados a procurarem serviços de saúde para serem cuidados.

As causas de morte mais prevalentes na população masculina são doenças cardiovasculares como o Infarto e o AVC (Acidente vascular encefálico), e essas causas são classificadas como preveníveis pois reduzindo os fatores de risco, como diabetes, pressão alta, obesidade e sedentarismo, o risco de morte diminui consideravelmente. 

O Urologista é o médico responsável pela saúde do homem, então além de cuidar das doenças da próstata, rins, bexiga, problemas hormonais, impotência sexual, entre outros, ele também é responsável pelo gerenciamento da saúde geral dos homens.

Procure um urologista e deixe sua saúde em dia!

Já ouviram falar de “raspagem da próstata”?

Este é um termo comumente utilizado para o procedimento chamado ressecação endoscópica de próstata, onde introduzimos uma pequena câmera pelo canal de saída de urina do pênis, para a abertura da parte central da próstata, sendo assim classificado como um procedimento endoscópico (sem necessidade de qualquer corte).

Geralmente esta cirurgia é realizada em homens que têm um aumento da próstata, que pode acarretar em sintomas como:

• Jato urinário fraco;

• Esforço para iniciar o jato da urina;

• Aumento da frequência para urinar;

• Sensação que a bexiga ainda continua cheia logo após urinar.

Vale lembrar que na maioria das vezes estes sintomas e esta cirurgia não estão relacionados ao Câncer de Próstata, e sim a um aumento benigno do órgão. Trata-se de um procedimento de baixo risco e bastante resolutivo. 

A famosa “pedra no rim” ou nefrolitíase é uma doença muito prevalente, afetando 10 a 15% da população mundial, assim podemos dizer que no mínimo 1 a cada 10 pessoas tem pedra no rins. As suas causas são diversas e devem ser discutidas individualmente com cada paciente.

Só quem já passou pela temida cólica renal sabe o terror que uma pequena pedra pode causar. E sabemos que após o diagnóstico, o problema deve ser resolvido em tempo para que não evolua e cause repercussões maiores.

Graças a evolução e a criação de novas tecnologias nos últimos anos, a maioria dos casos de pedras nos rins podem ser resolvidos de forma endoscópica e minimamente invasiva, com procedimentos rápidos e altamente resolutivos.

Algumas dicas para evitar pedra nos rins:

• Ingerir em média 2,5 litros de água por dia;

• Evitar o consumo excessivo de sal;

• Não ingerir refrigerante, principalmente de cola;

• Aumentar ingesta de frutas cítricas;

• Praticar exercícios físicos regularmente.

Nada mais é que um procedimento cirúrgico simples que impede que os espermatozóides produzidos nos testículos se junte a outros componentes que compõe o ejaculado masculino. Por promover um ejaculado sem espermatozóides, é considerado um método anticoncepcional masculino permanente. Em geral, é um procedimento rápido com anestésico local em que o paciente pode voltar em pouco tempo as suas atividades habituais.

Mas existe reversão de vasectomia?

Sim, existe. Mesmo com todo o cuidado e conversa durante a consulta antes da indicação do procedimento, sabemos da possibilidade de arrependimento pelo paciente ou casal, com isso há a possibilidade de reversão do procedimento com boas taxas de sucesso.

Todos os homens podem realizar este procedimento?

Em março de 2023 entrou em vigor uma nova lei que trás duas mudanças importantes para este tema, a diminuição da idade e a não necessidade de consentimento pelo cônjuge.

Assim ainda existem alguns critérios para a realização do procedimento:

- Paciente acima dos 21 anos 

- Pacientes com 2 filhos vivos, mesmo com menos de 21 anos;